Enriquecer a manteiga com um tipo de ácido graxo encontrado na gordura de laticínios — o ácido linoleico conjugado — pode ser eficaz no tratamento do Alzheimer, aponta pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo. Ratos submetidos a uma dieta com a manteiga modificada apresentaram aumento da atividade da enzima fosfolipase A2, processo relacionado à melhora da doença.
O trabalho foi publicado no periódico científico Journal of Neural Transmission.
Essa enzima atua sobre gorduras que constituem as membranas celulares e sobre ácidos graxos, que funcionam como mediadores na formação da memória. Em pacientes sem a doença, as membranas celulares são fluídas e renovadas normalmente, enquanto que, naqueles com Alzheimer, elas são rígidas e dificultam a liberação de ácidos graxos como o linoleico. Os pesquisadores observaram que a manteiga enriquecida aumenta a atividade da enzima, o que contribui para a memória.
— Como essa enzima é alterada em pacientes com Alzheimer, começamos a olhar o que poderia estar alterado nessas pessoas em relação ao metabolismo de fosfolipase — afirmou a especialista.
Fonte: Zero Hora
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