sexta-feira, 13 de outubro de 2017

DIA DA PSIQUIATRIA 3: TRANSTORNO DISSOCIATIVO DE IDENTIDADE

O TDI é estudado há décadas pela medicina e pela psicologia, mas ainda gera dúvidas em relação a suas origens e o seu poder sobre a mente humana. É um fenômeno que cria uma aura de mistério, sempre retratado na literatura e no cinema porque desperta o interesse", descreve o psiquiatra Marcos Alexandre Gebara, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O transtorno começou a ser estudado no final do século 19 por Sigmund Freud dentro dos processos dissociativos englobados na histeria. "Freud atendia pacientes histéricas e os sintomas mais comuns são os dissociativos, que podem afetar a memória e a paciente ter amnésia, assim como criar uma outra personalidade para lidar com diferentes situações. Naquela época (ele) já observava como a histeria tinha propensão de dividir a consciência", explica o psicanalista Christian Ingo Lenz Dunker, professor titular do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo).
A psiquiatria e a psicanálise reconhecem que as múltiplas personalidades são usadas como um mecanismo de defesa para fugir de uma situação de estresse "insuportável".
Diferentemente de pessoas comuns, que têm o controle de si e consciência de seus atos independentemente de situações adversas, uma pessoa com múltiplas personalidades não tem consciência de suas várias consciências. "Uma personalidade funciona de uma forma em um determinado momento e, quando há uma transposição para outra personalidade, ela não se lembra do que aconteceu", acrescenta Gebara.
O Transtorno Dissociativo de Identidade é diferente da esquizofrenia. "A esquizofrenia incide na experiência presente do sujeito, não tem uma personalidade sobre a outra. Há uma polifonia, uma confusão de vozes e alucinações", compara Dunker. "É como se na esquizofrenia uma pessoa ouve vozes da multidão, enquanto uma pessoa com transtorno de múltiplas personalidades ouve um dueto, uma hora canta um, outra canta outro. Nunca ao mesmo tempo."

Fonte: http://www.huffpostbrasil.com/2017/04/10/sim-e-possivel-ter-23-personalidades-explicamos-o-transtorno-d_a_22027407/

terça-feira, 10 de outubro de 2017

O LADO POSITIVO E O LADO NEGATIVO DO MEDO

O medo é muitas vezes o muro que impede as pessoas de fazerem uma série de coisas. Claro que o medo também pode ser positivo, em certa medida ajuda a que se equilibrem alguns elementos e se tenham certas coisas em consideração, mas na maior parte dos casos é negativo, é algo que nos faz mal. (...) O pior medo é o medo de nós próprios e a pior opressão é a auto-opressão. Antes de se tentar lutar contra qualquer outra coisa, penso que é importante lutarmos contra ela e conquistarmos a liberdade de não termos medo de nós próprios. 

José Luís Peixoto, in 'Diário de Notícias (2003)' 

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

DIA DA PSIQUIATRIA 2: T.P. BORDERLINE

O sinal mais evidente do transtorno de personalidade borderline (TPB) é um longo histórico de instabilidade nas relações pessoais.
Isto é em parte causado por emoções instáveis ​​e impulsivas.
Pessoas com transtorno de personalidade borderline podem idolatrar alguém e, logo em seguida, odiá-la.

Como resultado, elas geralmente têm relações muito intensas com os outros.
Aqui estão outros sete sinais de transtorno de personalidade borderline:
 1. Medo intenso de abandono ou de ficar sozinho, seja real ou imaginário.
2. Tendência a assumir riscos sem pensar nas conseqüências. Especialmente quando os resultados são contra ela mesma, como por exemplo: acidentes de carro, sexo de risco ou abuso de substâncias.
3. Tentativas de auto-mutilação ou pensamentos suicidas. Pessoas com transtorno de personalidade borderline geralmente não estão tentando se matar quando se flagelam. Ao contrário, elas estão expressando sentimentos de raiva com relação a si mesmas ou tentando se sentir ‘normais’.
4. Elas têm um autoconceito instável. Pessoas com transtorno de personalidade borderline muitas vezes se sentem como pessoas diferentes, dependendo com quem estão. Elas costumam se descrever como perdidas e vazias.
5. Pensamentos paranoicos. Elas acreditam em coisas que não são verdadeiras e se sentem perseguidas pelos outros.
6. Sentem uma raiva intensa – sobre assuntos relativamente triviais – e respondem fisicamente.

7. Pessoas com transtorno de personalidade borderline são como uma espécie de montanha-russa emocional. Um intenso sentimento de ansiedade poderia dar lugar a depressão intensa logo em seguida. Estes ataques podem durar algumas horas ou mesmo alguns dias.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

DIA DA PSIQUIATRIA 1: O TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO

O diagnóstico de transtorno esquizoafetivo é baseado em experiências relatadas pelo paciente, bem como anormalidades de comportamento relatados por familiares, amigos e colegas para um psiquiatra, enfermeira psiquiátrica, assistente social ou psicólogo clínico em uma avaliação clínica. Há uma lista de critérios que devem ser cumpridos para que um indivíduo seja diagnosticado com transtorno esquizoafetivo – estes dependem da presença e duração dos sinais e sintomas específicos. Os critérios são explicados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria – os critérios incluem:

    • A esquizofrenia com sintomas de humor
    • Um transtorno de humor com sintomas de esquizofrenia
    • Transtorno de humor e esquizofrenia
    • Um  desordem psicótica não-esquizofrênica, bem como um transtorno de humor
O diagnóstico deve ser alcançado após excluir os efeitos diretos de uma substância, ou o resultado de uma condição médica geral. Os sintomas transtorno esquizoafetivo de podem ser imitados por uso de esteroides, a síndrome de Cushing, doença relacionada com o HIV, epilepsia do lobo temporal , neurossífilis, problemas de tireoide ou paratireoide , abuso de álcool, abuso de drogas e síndrome metabólica. Não há testes biológicos que confirmem transtorno esquizoafetivo. No entanto, os testes são muitas vezes condenados a excluir doenças e condições médicas que raramente podem estar ligados a sintomas psicóticos.

Os critérios do DSM-IV-TR para o diagnóstico de transtorno esquizoafetivo:

Critério A – Pelo menos dois dos sintomas abaixo estão presentes pelo período de mais de 1 mês (ou um período mais curto se os sintomas melhorarem com o tratamento:
  • delírios
  • alucinações
  • discurso desorganizado, com descarrilhamento frequente (discurso pula de um assunto para outro tópico relacionado (ou apenas ligeiramente relacionado) no meio da frase) ou incoerência, que é uma manifestação de transtorno do pensamento formal
  • Comportamento desorganizado, tal como se vestir de forma inadequada, chorar muitas vezes, ou comportamento catatônico.
  • Os sintomas negativos, tais como:
    • embotamento afetivo – diminuição de, ou ausência de, expressividade emocional
    • Alogia – a falta ou diminuição no discurso
    • Avolição – a falta ou queda na motivação
    • Anedonia – incapacidade de sentir emoções agradáveis de eventos de vida normalmente prazerosos, como comer, exercício, interação social ou atividades sexuais.
Os sintomas negativos não são o mesmo que os sintomas de depressão. Se os delírios são considerados bizarros ou as alucinações consistem de pelo menos duas vozes falando umas as outros ou apenas uma voz participando de uma corrida de comentários sobre ações do paciente, apenas o sintoma é necessário para satisfazer o critério A, e , em algum momento durante a doença, se existem pelo menos um dos três listados abaixo:
  • Um episódio depressivo maior
  • Um episódio maníaco
  • Um episódio misto.
Critério B – delírios ou alucinações estavam presentes durante pelo menos duas semanas durante a doença, sem grandes sintomas de humor.
Critério C – sintomas que satisfazem os critérios para um episódio de humor estão presentes por uma parte considerável da duração total tanto do período ativo e residual da doença.
Critério D – nem outra condição médica, nem o abuso de drogas, nem um medicamento (s) está causando os sintomas.
FONTE: DSM IV-TR E http://psicoativo.com/2016/07/transtorno-esquizoafetivo-diagnostico-dsm-v.html

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Nota de repúdio as "terapias de reversão sexual"

O Espaço Terapêutico Márcia Papaléo comunica através deste, sua nota de repúdio a decisão emitida pela Justiça Federal do Distrito Federal. Em companhia das demais Clínicas e Psicólogos, defendemos com veemência a Resolução 01/1999, cujos efeitos subversivos a heteronormatividade produziram impactos positivos no enfrentamento dos preconceitos durante todos esses anos. Vale acrescentar que as “terapias de reversão sexual”, além de não apresentarem quaisquer evidências científicas, representam uma violação aos direitos humanos, que pregam acima de tudo, o direito universal às liberdades básicas. Como salienta Freud (1935) em uma de suas cartas, a homossexualidade é apenas um desdobramento da função sexual possível, e classifica-la como delito seria uma crueldade. A verdadeira função da Psicologia não reside em ditar ao paciente como ele deveria ser ou se portar, mas apoia-lo em seus dilemas intrapsíquicos, promover espaços de acolhimento e possibilitar a capacidade de insight sobre si mesmo. Não há cura para o que não é doença.

Venha curtir dia 04/04  nesta quinta-feira, às 20hs! Música ao vivo ao som de Jorginho Dominguez!